O Abrigo (Jeff Nichols, 2011)


                                                                  Trailer  
  

Direção: Jeff Nichols
Roteiro: Jeff Nichols
Gênero: Drama
País: EUA

Sinopse: Curtis mora numa cidade pequena de Ohio com sua mulher Samantha e sua filha Hannah, uma menina de 6 anos com deficiência auditiva. Ele começa a ter pesadelos sobre uma tempestade apocalíptica, mas prefere mante-los em segredo. Perturbado, fica obcecado pela a construção de um abrigo anti-tornados, despertando a preocupação da esposa e a  intolerância dos vizinhos.

Análise: 

Como definir uma obra tão fascinante como a este filme norte-americano? Ele é uma obra de arte contemporânea, um filme que consegue surpreender pelo o roteiro inteligente e sincero criado pelo também diretor Jeff Nichols, e com uma atuação avassaladora de Michael  Shannon, um ator que até então eu considerava mediano. O cineasta Jeff Nichols consegue criar um drama bastante original com uma atmosfera de suspense que incomoda e ao mesmo tempo hipnotiza a quem assiste ao filme, ele consegue mesclar suspense psicológico com filme escatológico, tendo uma família simples e comum como protagonistas, não sabemos qual das duas temáticas o filme aborda até o seu final. A visão apocalíptica que o filme propõe é revelada para o personagem principal - interpretado por Michael Shannon - através de sonhos que ele acredita serem premonitórios, e que aos poucos o enlouquece jogando sua família numa espiral de medo e angustia que vai destruindo-a aos poucos.

 Acompanhamos inertes a loucura tomar conta do personagem enquanto ele tenta proteger sua família do apocalipse que ele acredita que irá acontecer, não sabemos se os sonhos e atitudes do personagem são causados pela esquizofrenia que ele negligencia e que é simbolizada pela a obsessão auto-destrutiva de se construir um abrigo anti-tornado, ou que realmente esta tempestade apocalíptica irá acontecer e que ele está sendo alertado por estas premonições e que suas atitudes são as melhores a serem tomadas para salvar sua família do desastre. O filme é de baixo orçamento, mas isso não impede e nem limita a imaginação do diretor que cria ótimas cenas em computação gráfica, como a intrigante e bela cena final e os sonhos premonitórios do personagem principal. É um excelente filme!


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