O Hobbit (Peter Jackson, 2012)



                                                                Trailer:




Direção: Peter Jackson
Roteiro: Fran Walsh, Guillermo del Toro, Peter Jackson, Philippa Bovens
Gênero: Fantasia, Drama, Ação, Aventura
País: USA, Nova Zelândia

Sinopse: A aventura segue a jornada de Bilbo Bolseiro, que é levado a épica missão de retomar a posse do reino dos anões, Erebor, do Dragão Smaug.

Análise:

Bem, muito já foi falado sobre o novo filme de Peter Jackson que marca seu retorno a Terra Média depois da genial obra ''O Senhor dos Anéis'' uma trilogia que entrou para história do cinema. Neste novo filme Peter Jackson utilizou uma nova tecnologia de como assisti-lo nas salas do cinema, os 48 frames por segundo, e aprimorou a arte digital que deu vida à Terra Média em ''O Senhor dos Anéis'', muitos efeitos em CGI usados em ''O Senhor dos Anéis'' foram criados pelos os magos da Weta Digital pra transpor o universo fantástico e lisérgico imaginado por J.R.R. Tolkien, sem estes efeitos os filmes não teriam como ser concebidos da forma pensada por Peter Jackson, isto foi uma revolução no cinema e um divisor de águas para os efeitos em CGI que é um atrativo para que milhões de pessoas vão aos cinemas transformando a indústria cinematográfica numa das mais lucrativas do mundo, estes efeitos em CGI foram aprimorados para ''O Hobbit'' e o personagem que se beneficiou com esta evolução foi o Gollum que é um dos personagens em 3D mais fantásticos já criados, agora não mais só em CGI.

Em ''O Hobbit'' Peter Jackson que é um dos poucos cineastas que se aproveita de forma positiva e extraordinária dos recursos dos efeitos em CGI sem transformar os seus filmes em apenas poluição visual, dá vida novamente a Terra Média e trás de volta alguns dos principais personagens de ''O Senhor dos Anéis'', aqui a estória é mais leve e menos sombria mas não menos questionadora e provocadora em relação  à natureza humana e as mensagens de honra, respeito, dignidade, amizade e glória também são uma constante. Neste primeiro filme Peter Jackson deixa clara a sua intenção em transformar ''O Hobbit'' e ''O Senhor dos Anéis'' em uma hexalogia, este primeiro filme é apenas um aperitivo do que virá, muitos o acharam infantil mas eu não o achei, este filme conseguiu dar enfase a essência do livro de Tolkien que o escreveu visando o público adulto e infanto-juvenil, neste filme Jackson deu uma certa desacelerada na narrativa de Tolkien que no livro é bastante rápida e mais concisa,  no filme os personagens apenas mencionados por Tolkien tem uma aparição e uma importância maior na estória, assim como as cenas de aventuras que foram transformadas por Jackson na pretensão de dar uma atmosfera épica ao filme e um propósito maior e mais grandioso, heroico e honroso na aventura dos anões, no filme os anões querem retomar sua terra natal do Dragão Smaug, no livro eles apenas querem o tesouro que pertencia à seus antepassados e agora por direito pertence à eles, e que Smaug tomou para si e o guarda com toda a fúria e a ganancia insana típica dos dragões que na mitologia é uma representação da ambição cega dos seres humanos. Aqui a ganância é uma característica dos vilões e não dos mocinhos, os anões são descritos por Tolkien como sendo os seres mais gananciosos da Terra Média, esta característica dos anões é bastante pronunciada por escarnio por Gandalf e Elrond  na trilogia cinematográfica de ''O Senhor dos Anéis''.

Mesmo com algumas cenas desnecessárias que contrariou os fãs do livro pelo o mundo, o filme consegue ser genial, Peter Jackson que é o mago contemporâneo dos filmes de fantasia e aventura criou uma obra extraordinária que tem o potencial para divertir, emocionar e deslumbrar. A fotografia, cenografia e figurino do filme são de uma perfeição metódica, nada na tela é desperdiçado e tudo é muito detalhado. Os Orcs e Trolls são de uma bizarrice genial e respeita os traços originais de Alan Lee, Greg e Tim Hidelbrandt, Ted Nasmith e John Howe que foram os primeiros artistas a dar vida a Terra Média e aos seus moradores através de desenhos e ilustraçõeseles são visualmente assustadores, uma característica que Jackson trouxe do gênero de horror que é o seu preferido e no qual ele já realizou várias obras-primas, a reformulação dos  Orcs e Trolls também teve a mão criativa de Guillermo del Toro que é outro extraordinário diretor do gênero de horror e fantasia e que também foi um dos roteiristas e produtores do filme.



Os 48 Frames por Segundo:

Os 48 frames por segundo é o futuro do cinema ''pipoca'', esta nova tecnologia associada ao 3D dá uma sensação de imersão ainda maior no filme, não dá aquele efeito escuro que isenta os detalhes do filme e tira toda a atmosfera mágica que o cinema proporciona como acontece no 3D tradicional e que te faz pensar: Qual o propósito do filme em 3D? Agora com esta nova tecnologia, sabemos.








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About inema e Fúria

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